E se o amor pelo meu filho não vier imediatamente?
Nem sempre o amor por um filho é instantâneo… e tudo bem.
Ao contrário do que muitos imaginam (ou esperam), o amor de uma mãe pelo seu bebê nem sempre surge no primeiro olhar. A verdade é que esse vínculo vai sendo construído dia após dia, nas trocas de olhares, no toque, na rotina de cuidados. E isso é totalmente normal!
Pesquisas em neurociência e psicologia mostram que o apego materno é um processo. Embora a ocitocina — hormônio liberado durante o parto e a amamentação — possa facilitar esse vínculo, nem sempre ele acontece como mágica.
Em alguns casos, essa conexão emocional pode levar dias ou até semanas para florescer, especialmente diante do cansaço, das alterações hormonais e dos desafios do puerpério.
Mas quase ninguém fala sobre isso… porque existe uma grande pressão para que a mãe “se apaixone” logo de cara. E quando isso não acontece, muitas se sentem culpadas ou “erradas”. O amor vai nascendo e crescendo no caminho, com presença, com cuidado, com tempo. Desde que não haja obstáculos mais sérios, como depressão pós-parto (que merece atenção e acolhimento), essa conexão tende a se fortalecer naturalmente.
O vínculo é recíproco. O bebê também vai construindo sua relação com a mãe e com quem cuida dele, aos poucos, a partir do afeto e da constância nas interações. Se você é mãe e não sentiu aquele “amor avassalador” de imediato, respira. Você não está sozinha. O amor pode chegar devagar… e se tornar imenso.